A Medicina do Sono é uma das áreas que mais cresce em conhecimento atualmente. Os distúrbios do sono tem sua prevalência aumentada nas últimas décadas, fato provavelmente relacionado a vida nas grandes cidades e a mudança de hábitos de vida recentes, como uso de smartphones e computadores durante o período noturno.

Distúrbios como insônia são altamente prevalentes – entre 10 e 30% da população mundial em estudos recentes. Em alguns estudos, a prevalência pode chegar até 50% em alguma fase da vida, sendo mais comum em mulheres.

Outro distúrbio do sono altamente prevalente é a apneia do sono. Estudo recente realizado na cidade de São Paulo – o EPISONO – mostrou que aproximadamente um terço da população (33%) apresentava essa condição, manifestando-se com roncos noturnos, sonolência durante o dia, sensação de sono não-reparador e episódios de apneia – parada respiratória – presenciados pela(o) companheira(o), sendo mais comum em homens. Um dado extremamente preocupante é o risco de doenças cardiovasculares associado a síndrome da apneia obstrutiva do sono, aumentando o risco de doenças como infarto, acidente vascular encefálico (AVE), arritmias, hipertensão arterial de difícil controle e até mesmo diabetes.

Outros distúrbios do sono incluem a narcolepsia, condição em que o paciente pode apresentar sonolência excessiva diurna impactando no seu dia-a-dia, além das chamadas parassonias, as quais incluem sonambulismo, terrores noturnos (comum em crianças), distúrbio comportamental do sono REM, entre muitas outras.

Muitas vezes lançamos mão de uma avaliação de noite inteira do sono em que o paciente permanece monitorizado, exame conhecido como polissonografia.

A avaliação com um médico especialista em Medicina do Sono é o mais indicado para o diagnóstico e tratamento correto de cada distúrbio.